Gleisi Hoffmann defende aumento do IOF e cobra ‘contribuição do andar de cima’ para justiça fiscal
Gleisi Hoffmann defende aumento do IOF como medida de justiça tributária, após derrota do decreto no Congresso. A polêmica revela a tensão entre o governo e o Legislativo sobre a contribuição fiscal dos mais ricos.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que previa o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), derrubado pelo Congresso Nacional na última semana.
Para Gleisi, o reajuste seria uma medida de “justiça tributária” e importante para o “equilíbrio fiscal” no país. Em suas redes sociais, criticou a falta de contribuição dos mais ricos no esforço fiscal do governo.
O decreto foi revogado com 383 votos contrários na Câmara, reunindo apoio de parlamentares de diversas correntes políticas. Isso evidenciou a insatisfação generalizada com a proposta do Executivo.
Após a derrota, Lula autorizou a AGU a estudar a possibilidade de acionar o STF para reverter a derrubada do decreto. O PSOL também pediu à Corte para suspender a decisão do Congresso até o julgamento do caso.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, reforçou o direito do Executivo de judicializar a questão, destacando que “ir à Justiça não é nenhuma afronta”.
Em resposta, o presidente da Câmara, Hugo Motta, criticou a narrativa de polarização, afirmando que a Câmara tomou uma decisão que afeta toda a cadeia econômica.
A polêmica em torno do IOF ressalta o delicado equilíbrio entre o governo federal e o Congresso, com o Planalto defendendo que os mais ricos contribuam mais, enquanto o Legislativo pede moderação e negociação nos temas econômicos.