Goldman corta preço-alvo da Hapvida. Razão? Alta de doenças respiratórias
Alta na sinistralidade das operadoras de saúde é impulsionada pelo aumento de doenças respiratórias no inverno brasileiro. Goldman Sachs ajusta preço-alvo da Hapvida após projeções de despesas crescentes com atendimentos médicos.
Nova onda de doenças respiratórias no Brasil aumenta a demanda por serviços de saúde, elevando a sinistralidade e impactando os resultados das operadoras de saúde no segundo semestre, segundo analistas.
A equipe de equity research do Goldman Sachs cortou em 6% o preço-alvo da ação da Hapvida (HAPV3), citando aumento de doenças sazonais e a demanda por atendimentos médicos.
Em cidades como o Rio de Janeiro, há relatos de casos de covid e infecções respiratórias. Autoridades confirmaram a circulação da nova variante XFG do vírus, mas sem gravidade ou impacto na eficácia das vacinas, conforme o Instituto Oswaldo Cruz.
O analista Gustavo Miele projetou um aumento de 270 pontos-base na Taxa de Sinistralidade (MLR), atingindo 71,4% no segundo trimestre de 2025, refletindo maior frequência de procedimentos. No primeiro trimestre, a sinistralidade foi de 68,6%.
Mesmo com a deterioração esperada, a Hapvida deve ter um crescimento de 8% na receita anual, com lucro líquido ajustado projetado de R$ 1,827 bilhão para 2025.
O relatório menciona a perda de 31.000 beneficiários no segundo trimestre, após uma perda de 54,8 mil no primeiro. A Hapvida possui 87 hospitais, 77 prontos atendimentos, 341 clínicas médicas e 291 centros de diagnóstico.
As ações da Hapvida apresentaram desvalorização de 45% em 12 meses, mas com uma recuperação de 3% em 2025. O resultado do segundo trimestre será divulgado em 3 de agosto.