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'Golpe de Estado mata': o julgamento que tornou Bolsonaro réu em 8 frases

Bolsonaro e ex-integrantes do governo são acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro. O processo incluirá a produção de provas e o interrogatório dos réus nos próximos meses.

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se torna réu por tentativa de golpe de Estado, conforme decisão unânime da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em 26/3.

O julgamento durou dois dias e incluiu outros sete ex-integrantes do governo Bolsonaro, entre eles três generais do Exército e um ex-comandante da Marinha, todos negando as acusações.

O processo criminal seguirá em três fases: produção de provas, interrogatório e votação dos juízes do STF. Expectativa é que o julgamento se conclua ainda este ano, gerando discussões entre juristas.

Na abertura, o procurador-geral, Paulo Gonet, enfatizou a gravidade dos atos de 8 de janeiro, considerados a última tentativa da organização criminosa. O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, argumentou que não há provas ligando o ex-presidente aos ataques, enquanto o advogado de Augusto Heleno criticou a denúncia como "terraplanismo argumentativo".

Ministros do STF reforçaram a seriedade dos acontecimentos: Flávio Dino afirmou que "golpe de Estado mata" e Alexandre de Moraes destacou a violência do dia 8 de janeiro, refutando a ideia de que foi uma manifestação pacífica.

A ministra Cármen Lúcia pediu para que as responsabilidades sejam apuradas, ressaltando a importância de que a sociedade brasileira compreenda a trama golpista.

O processo promete chamar muitas autoridades como testemunhas, e a expectativa é que continue a mobilizar discussões sobre a democracia no Brasil.

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