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Google se torna a 1ª big tech a fazer parte do Conar

Google se une ao Conar para fortalecer a ética publicitária no Brasil. A associação marca um novo capítulo na autorregulamentação do setor digital, ampliando as responsabilidades das big techs em relação ao conteúdo veiculado.

Google se torna a 1ª big tech a integrar o Conar

No dia 24 de junho de 2025, o Google anunciou sua adesão ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), tornando-se a primeira gigante da tecnologia a participar desse órgão.

O Conar celebra essa entrada como um "avanço significativo na ética publicitária", abrangendo tanto mídias tradicionais quanto digitais.

A adesão do Google Brasil reforça a presença do setor digital no Conar, onde a empresa agora participa ativamente de processos de autorregulamentação publicitária, antes reservados ao IAB Brasil.

Com sede em São Paulo, o Conar regula práticas publicitárias em todo o país e avalia casos com base no Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.

Nos últimos anos, o Conar implementou iniciativas digitais como o Guia de Publicidade por Influenciadores Digitais e formou o Conselho de Conteúdo, que incluirá regras com representação paritária entre anunciantes, agências e plataformas digitais.

Além disso, o Google vai colaborar com o programa Priority Flagger, que facilita a notificação de possíveis violações de políticas publicitárias.

Sergio Pompilio, presidente do Conar, destacou a importância desse marco para a autorregulamentação publicitária brasileira em um contexto de mudanças constantes no ambiente digital.

Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, reforçou a necessidade de um ecossistema publicitário saudável e confiável.

A adesão do Google ocorre após um julgamento do STF que decidiu, por 7 votos a 1, que o artigo 19 do Marco Civil da Internet não é constitucional. Este artigo limitava a responsabilização das plataformas de redes sociais pelo conteúdo publicado por usuários.

O único voto a favor da manutenção do artigo foi do ministro André Mendonça, defendendo a ideia de "autorregulação regulada". A divisão dos outros ministros sugere diferentes abordagens para a responsabilização das plataformas.

Coelho comentou que o Google poderá limitar suas atividades no Brasil se ocorrerem alterações significativas no Marco Civil da Internet, especialmente em relação aos pedidos que não necessitam de ordem judicial.

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