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Governança faz ou não faz preço

Proposta de reforma do Novo Mercado é rejeitada por maioria das empresas, evidenciando a falta de incentivos econômicos. Especialistas sugerem a necessidade de rediscussão e criação de um novo segmento que valorize práticas diferenciadas de governança.

Advogado Marcelo Trindade destaca que empresas reagem a incentivos econômicos em questões de ética, transparência e boas práticas.

Recentemente, a B3 viu fracassar uma proposta de revisão do Novo Mercado, com 74 de 152 empresas votando contra.

A rejeição sugere que as empresas não perceberam vantagens econômicas nas mudanças propostas, que eram voluntárias.

A história do Novo Mercado mostra que, após sua fundação há 25 anos, o segmento começou a prosperar com a entrada de empresas valorizadas.

  • Nos últimos 20 anos, o enquadramento no Novo Mercado garantiu múltiplos de avaliação superiores.
  • De quase 250 IPOs desde 2004, 80% foram no Novo Mercado.

O selo de governança tornou-se comum, perdendo seu diferencial. Investidores enfrentaram desafios em reestruturações de empresas, mesmo no Novo Mercado.

Medidas rejeitadas pela B3, como garantias sobre controles internos, visavam aumentar a segurança do investidor.

A maioria das empresas sinalizou que a reforma não trouxe vantagens econômicas. Críticas surgiram sobre as novas regras de votação propostas.

Uma sugestão é criar um novo segmento para distinguir empresas que buscam um diferencial real em governança.

Apesar da falta de IPOs, que pode ser ligada a questões fiscais e de mercado, a governança pode ainda ser um fator essencial a ser considerado.

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