Governistas defendem Marina após senador falar em “enforcá-la”
Aliados de Lula denunciam declarações de senador como violência política de gênero. Ministros e deputados pedem punição exemplar e expressam solidariedade à ministra Marina Silva.
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva saíram em defesa da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, após declaração do senador Plínio Valério (PSDB-AM) sobre “enforcá-la”.
A fala do tucano foi classificada como “criminosa” e “violência política de gênero”.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, destacou em publicação no X que a colega sofreu “violência política”.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, também se manifestou no X, chamando a declaração de “incitação à violência contra a mulher” e pedindo uma “punição exemplar” ao senador.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) enfatizou a necessidade de responsabilizar agressores.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), também pediu punição e repudiou a naturalização da violência política de gênero.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, defendeu Marina, afirmando que é um “privilégio” tê-la como ministra.
A polêmica surgiu durante evento da Fecomercio, onde Plínio Valério comentou como “tolerar Marina Silva” por 6 horas seria insuportável.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), reprovou a declaração do senador, considerando-a “infeliz” e perigosa em um momento de polarização.
Marina Silva, em entrevista, declarou que a fala de Plínio foi uma incitação à violência e relacionada à sua identidade como mulher negra e a sua defesa de pautas controversas.