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Governistas já admitem CPI do INSS e provocam incômodo no Planalto

Governo Lula enfrenta pressão para evitar instalação de CPMI sobre descontos ilegais no INSS. Para contornar a situação, aliados traçam estratégia de ampliar a investigação para alcançar também o governo Bolsonaro.

Integrantes do governo Lula (PT) e parlamentares da base aliada enfrentam dificuldades para impedir a instalação de uma CPMI sobre descontos ilegais em aposentadorias do INSS.

A estratégia governista busca ampliar a investigação para incluir o governo Bolsonaro, mas gera incômodo no Palácio do Planalto, que é contra a criação da comissão.

Após sua viagem à Rússia e China, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou que se a CPMI for instalada, abarcará todos os governos.

  • CPMI foi protocolada pela oposição com 36 senadores e 223 deputados.
  • Dificuldades para instalação geram temor entre governistas sobre a influência da oposição na comissão.
  • Alcolumbre cogita indicar um novo requerimento, envolvendo também Bolsonaro.

Auxiliares de Lula argumentam que a CPMI poderia atrapalhar investigações já em curso na Polícia Federal e na CGU.

Na Comissão de Fiscalização do Senado, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, expressou apoio à CPMI, mas alertou sobre suas consequências negativas.

Governistas, incluindo senadores do PT, já assinaram o requerimento, embora alguns ainda resistam. A oposição deseja que a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) lidere a comissão.

Se a CPMI avançar, o processo pode ser lento devido ao rito regimental e o recesso parlamentar se aproxima, o que pode atrasar ainda mais a instalação.

A oposição também ameaça recorrer ao STF caso Alcolumbre não realize a leitura do requerimento, semelhante ao que ocorreu em 2021 com a CPI da Covid-19.

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