Governistas no Congresso defendem aplicação da lei da reciprocidade aos EUA; oposição critica falta de negociação de Lula com Trump
Brasil considera aplicar "lei da reciprocidade" em resposta à tarifa de 50% dos EUA. Políticos pedem cautela e diplomacia nas negociações enquanto avaliam os impactos econômicos da medida.
Após os EUA anunciarem tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, deputados e senadores do governo falam em aplicar a lei da reciprocidade, mas aguardam a confirmação da taxação.
A lei, aprovada em abril, permite que o Brasil responda com sanções comerciais. A decisão final depende do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que se reunirá esta noite com ministros para discutir a situação.
Isnaldo Bulhões (MDB-AL) afirma que a atitude de Donald Trump não surpreende, mas ressalta que o presidente americano já recuou em outras ocasiões.
Tereza Cristina (PP) pede cautela e equilíbrio nas reações, destacando a longa parceria entre Brasil e EUA.
Rogério Carvalho (PT) defende uma resposta firme e a proteção da produção nacional, afirmando que o Brasil não deve se submeter a interesses estrangeiros.
Lindbergh Farias (PT) critica a aliança de Trump com a oposição brasileira e destaca a necessidade de defender a soberania nacional e os empregos.
Oposição aponta a tarifa como resultado de uma política externa falha do governo Lula, com Carlos Portinho (PL) afirmando que o governo colhe o que planta.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) alerta para os impactos da nova alíquota no agronegócio e defende uma resposta diplomática ativa, sem isolar o Brasil nas negociações.