Governo analisa 'item a item' de decreto do IOF e avalia revogar medida que alterou aplicações de fundos no exterior
Governo reconsidera aumento do IOF após reação negativa do mercado financeiro. Medidas em análise podem impactar remessas de fundos de investimento para o exterior, atualmente isentas do imposto.
Governo Lula considera revogar parte do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que tem como objetivo cumprir regras fiscais.
O Ministério da Fazenda projeta uma arrecadação de R$ 20 bilhões agora e R$ 40 bilhões até 2026.
Após reação negativa do mercado financeiro, a Fazenda está reavaliando o decreto "item a item".
Um dos pontos sob análise é a cobrança do imposto em remessas de fundos de investimento para o exterior, que passou a ser de 3,5%, onde anteriormente era zero.
Essa medida foi mal recebida, pois muitos fundos diversificavam suas aplicações enviando recursos para fora do país, o que agora se torna menos atrativo.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o incentivo aos fundos foi criado há mais de uma década para equilibrar o movimento cambial. A nova avaliação é de que estimular investimentos no exterior não faz mais sentido.
Ele destacou que a mudança tem como objetivo alinhar a política econômica, revertendo um tratamento diferenciado que incentivava a saída de recursos do país.