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Governo antecipa tarifa para elétrico, mas amplia isenção para a BYD

Governo antecipa tarifas sobre veículos elétricos e híbridos após disputa entre montadoras e BYD. Decisão busca equilibrar interesses e incentivar investimentos no setor automotivo nacional.

Disputa entre montadoras e BYD leva governo a agir.

Em reunião no dia 30 de agosto, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) decidiu antecipar o fim do cronograma de elevação tarifária para veículos elétricos e híbridos importados.

Aumento do Imposto de Importação para esses veículos, de 20% para 35%, acontecerá em janeiro de 2027, em vez de julho de 2028, como inicialmente previsto.

Além disso, serão aplicadas cotas adicionais de importação com alíquota zero para veículos desmontados (CKD) e semidesmontados (SKD) por seis meses, até US$ 463 milhões.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) afirma que essa antecipação visa alinhar a política tarifária aos investimentos esperados no setor automotivo.

As montadoras, incluindo Volkswagen, Toyota e General Motors, emitiram uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alertando sobre o desemprego que a indústria pode enfrentar caso benefícios sejam concedidos à BYD.

A BYD pediu redução de imposto para automóveis semidesmontados e desmontados, com cortes que variam de 20% para 10% (híbridos) e de 18% para 5% (elétricos).

As montadoras alegam que a cadeia produtiva é responsável por 2,5% do PIB do Brasil e gera 1,3 milhão de empregos, com um faturamento anual de US$ 74,7 bilhões.

O presidente da Anfavea, Igor Calvet, já indicou que a indústria poderá rever investimentos se benefícios à BYD forem adotados.

A BYD respondeu afirmando que seus produtos são “tecnológicos, sustentáveis e mais acessíveis” e criticou as montadoras tradicionais como “dinossauros”.

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