Governo argentino desclassifica documentos sobre a ditadura militar no país
Argentina libera documentos sobre a ditadura militar e reconhece crimes contra a humanidade perpetrados por guerrilheiros. Medida é parte do esforço do governo Milei para reavaliar a memória histórica do período.
Governo argentino desclassifica documentos da ditadura militar
Em 49 anos do golpe de Estado que instaurou a última ditadura militar (1976-1983), o governo da Argentina anunciou a liberação de documentos de inteligência sobre as Forças Armadas.
O presidente Javier Milei determinou a desclassificação total de documentos ligados à atuação militar, com transferência para o Arquivo Geral da Nação.
Manuel Adorni, porta-voz presidencial, ressaltou que esta medida visa preservar a memória história e combater a manipulação política.
No Dia Nacional da Memória, que recorda cerca de 30 mil desaparecidos, grupos de direitos humanos farão marchas de homenagem.
Milei, criticado por minimizar as atrocidades da ditadura, propõe uma visão que coloca os crimes da guerrilha e do Estado em pé de igualdade.
Além disso, o governo vai reconhecer como crime contra a humanidade um atentado do Exército Revolucionário do Povo (ERP) contra a família do capitão Humberto Viola, que resultou em mortes e ferimentos graves.
A nova abordagem busca reverter a ideia anterior sobre o evento e garantir que a história das Forças Armadas seja memorializada corretamente.