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Governo argentino divulga documentos da ditadura militar no país

Governo argentino se compromete a transparência ao divulgar arquivos da ditadura militar. Ação visa apresentar uma visão equilibrada sobre os eventos de repressão e resistência, gerando controvérsia entre diferentes narrativas históricas.

Porta-voz da presidência da Argentina, Manuel Adorni, anunciou nesta 2ª feira (24.mar.2025) que o governo do presidente Javier Milei divulgará documentos sigilosos sobre a ditadura militar no país.

Adorni afirmou que a Argentina possui um “compromisso inabalável” com os direitos humanos, desejando “contar a história completa” do período.

As informações a serem divulgadas pertencem ao SIDE (Secretária de Inteligência do Estado), que compilava dados sobre militares e alvos do Estado. A liberação acontece no Dia da Memória, que rememora as vítimas de repressão entre 1976-1983.

O comunicado oficial destaca a desclassificação imediata dos arquivos relacionados a ações de militares e guerrilheiros durante o período.

ONGs de direitos humanos afirmam que cerca de 30.000 argentinos desapareceram durante a ditadura, mas o governo Milei contesta esses números, alegando que representam apenas “um lado da história”.

Embora a liderança atual reconheça que houve vítimas de repressão, autoridades vinculadas a Milei procuram reafirmar a participação de grupos guerrilheiros como o ERP (Exército Revolucionário do Povo) em crimes durante a época.

O governo também busca expor os “crimes contra a humanidade” cometidos pela oposição.

Nesta 2ª feira, Milei comentou o assassinato do capitão Humberto Viola e sua filha de 3 anos por membros do ERP em 1974, intitulando-o como um “crime contra a humanidade”.

ONGs de direitos humanos organizam manifestações contra o governo Milei no Dia da Memória, com protestos programados na Plaza de Mayo, sede da presidência.

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