Governo aumenta IOF sobre previdência privada, câmbio e crédito de empresas; veja o que muda
Medidas visam aumentar a arrecadação federal e assegurar a estabilidade econômica, mas também elevam o custo do crédito e podem influenciar a política monetária. A expectativa é de que o aumento do IOF traga R$ 20,5 bilhões em 2023 e R$ 41 bilhões em 2024.
Governo Lula aumenta IOF sobre planos de previdência, crédito empresarial e operações cambiais, visando arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2023 e R$ 41 bilhões em 2024.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera a medida um “pequeno ajuste”, mas a equipe econômica acredita que isso ajudará a reduzir a pressão sobre a política monetária.
Vigência: As novas regras começam em 23 de junho, exceto para o “risco sacado”, que inicia em 1º de junho.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirma que as medidas reduzirão a volatilidade cambial e gerarão credibilidade nas metas fiscais.
O foco é evitar a evasão fiscal de investidores ricos que migraram de fundos tributados para VGBL, que são isentos.
As principais alterações incluem:
- Depósitos no VGBL > R$ 50 mil: 5% de IOF; inferiores: isentos.
- Cartões de crédito e débito no exterior: alíquota fixa de 3,5%.
- Empréstimos de curto prazo de empresas no exterior (até 365 dias): 3,5% de IOF.
- Transferências para o exterior: de 0,38% para 3,5% de IOF.
- Empréstimos de empresas (atual alíquota de 0,38% + 1,5% por 365 dias) subirão para 0,95% + 3%.
Exceções incluem operações de crédito rural e aquisições de máquinas, que continuam isentas.
O risco sacado será agora tratado como crédito regular a partir de junho.
A elevação da alíquota causou impactos na cotação do dólar, que reagiu negativamente após o anuncio.
Especialistas apontam que o aumento do IOF poderá elevar custos de crédito para empresas, impactando na dívida e estratégias cambiais.