Governo avalia apertar critérios do BPC para pessoas com deficiência em medida alernativa ao IOF
Governo sugere mudanças no BPC para limitar o acesso a casos de incapacidades graves, enquanto busca alternativas para controlar os gastos com o benefício. As despesas com o programa aumentaram significativamente, atingindo R$ 41,83 bilhões nos primeiros meses de 2025.
Governo avalia alterações no Benefício de Prestação de Continuada (BPC)
O governo está considerando mudar o BPC como parte de um pacote para evitar o aumento do Imposto de Operações Financeiras (IOF).
BPC é destinado a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência, com valor equivalente a um salário mínimo (R$ 1.518). É voltado a famílias com renda igual ou menor que 25% do salário mínimo por pessoa.
A proposta é restringir o benefício a casos de limitações graves que impeçam o trabalho. Uma tentativa de alteração nesse sentido foi barrada pelo Congresso no ano passado.
Fundeb também está na mira da mudança; o governo planeja revisar os aportes federais onde a complementação deve subir de 21% para 23% no próximo ano.
Despesas em alta:
- Despesas com o BPC aumentaram 11,6% acima da inflação nos primeiros quatro meses de 2023.
- Valor total: R$ 41,83 bilhões em 2023, contra R$ 37,48 bilhões em 2022.
- Total de benefícios saltou de 4,8 milhões em março de 2022 para cerca de 6,3 milhões em março de 2025.
A previsão é que o gasto total atinja R$ 121 bilhões (1% do PIB), em comparação a R$ 74 bilhões em 2022.
Mudanças do ano passado:
- Novas exigências: cadastro biométrico e atualização a cada dois anos.
- Todas as rendas familiares são consideradas, exceto o BPC de outro membro da casa.
- 25% das concessões são decididas pelo Judiciário. Desde dezembro, é necessário registrar o código da doença (CID) para a concessão.
Idas e vindas no programa:
- Decisão do STF em 2013.
- Elevação do piso.
- Critérios ampliados.