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Governo avalia recuar na alta de IOF que afeta aplicação de fundos no exterior após reação negativa

Medida visa equalizar tributação, mas levanta preocupações sobre a viabilidade dos investimentos em fundos internacionais. Especialistas alertam que a nova cobrança pode representar um retrocesso para os investidores brasileiros.

Brasília: A equipe econômica pode reverter o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que afeta a transferência de recursos para fundos de investimento no exterior.

A proposta gerou forte repercussão negativa entre investidores, impactando o dólar no mercado financeiro.

A mudança foi confirmada por fontes do Estadão e antecipada pelo colunista Lauro Jardim, enquanto o Ministério da Fazenda não se manifestou sobre o assunto.

Nos últimos anos, fundos brasileiros diversificaram suas carteiras investindo no exterior, buscando maior rentabilidade e redução de risco, sem a incidência de IOF ou Imposto de Renda.

Com a nova medida, haverá uma cobrança de 3,5% sobre cada operação, o que pode inviabilizar esses investimentos, considerado um retrocesso pelos especialistas.

A justificativa do governo para essa tributação é promover isonomia entre aplicações de empresas e pessoas físicas no exterior.

Na última quinta-feira, o governo anunciou um aumento de IOF também sobre:

  • planos de previdência privada (VGBL)
  • crédito de empresas
  • operações de câmbio

A expectativa é arrecadar R$ 20,5 bilhões este ano e R$ 41 bilhões no próximo.

Após o anúncio de contenção de gastos de R$ 31,3 bilhões, o dólar, que inicialmente caiu, começou a subir novamente.

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