Governo brasileiro quer atuar com discrição, sem chamar parceiros internacionais para um enfrentamento a Trump
Brasil busca soluções unilaterais para enfrentar tarifas impostas pelos EUA sem agitar o cenário diplomático. Presidente Lula tenta evitar confrontos enquanto prioriza a cooperação em eventos internacionais.
Brasil busca resolver conflito com os EUA
O Brasil tentará lidar sozinho com o impasse gerado pela crise política, econômica e diplomática com os Estados Unidos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus auxiliares afirmam que não há intenção de convocar outros países para formar uma força contra o tarifaço de 50% proposto por Donald Trump, que começará a valer em 1º de agosto.
Na próxima quarta-feira, Lula viajará ao Chile para a “Reunião de Alto Nível Democracia Sempre”, onde estarão líderes como Pedro Sánchez (Espanha), Gustavo Petro (Colômbia) e Yamandú Orsi (Uruguai).
O governo brasileiro preferiu não introduzir o tarifaço e o nome de Trump nas discussões, focando em multilateralismo, democracia e justiça social.
Interlocutores do Palácio do Planalto apontam que os ataques de Trump têm motivação política, ligando-se à extrema direita e à próxima eleição de 2026.
Além disso, há interesses relacionados à regulação das big techs, com Trump criticando o STF e seu ministro Alexandre de Moraes.