Governo brasileiro vê risco de recessão global e possível alívio na inflação, com queda do petróleo
Governo Lula se preocupa com os efeitos da guerra comercial entre EUA e China na economia brasileira, enquanto a queda no preço do petróleo pode trazer alívio à inflação. As incertezas fazem os negociadores brasileiros buscarem acordos para minimizar impactos em setores afetados, como petróleo e produtos agrícolas.
A escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China preocupa a equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva, com a expectativa de uma recessão global. A possibilidade de um acordo entre os países pode impactar o Brasil, mas a queda nos preços dos combustíveis é vista como um alívio.
Sylvia Anjos, da Petrobras, mencionou que a recente queda do barril de petróleo para menos de US$ 60 assusta e, em resposta, a China irá aumentar as tarifas de importação de produtos americanos para 84%.
Membros do governo Lula avaliam que uma recessão nos EUA é cada vez mais provável, podendo afetar globalmente. Um cenário extremo pode resultar em uma queda de 3% na economia americana este ano.
Os setores de petróleo e minérios são os mais afetados no Brasil, com o barril do Brent acumulando queda de 18% em abril. Essa redução pode levar a uma inflação mais baixa e um possível fim na alta da Selic, mas também resultará em menor receita de royalties.
Os possíveis efeitos de um acordo entre EUA e China podem prejudicar as exportações agrícolas brasileiras, visto que o Brasil é concorrente dos EUA nesses produtos. Contudo, existe a intenção de buscar cotas para exportar aço sem tarifas e reduzir alíquotas dos produtos brasileiros nos EUA.