Governo brasileiro vê risco de Xi Jinping não vir à cúpula do Brics
A possível ausência de Xi Jinping na reunião do Brics pode impactar relações diplomáticas entre Brasil e China. Além disso, a confirmação da presença de Li Qiang como representante chinês ainda é incerta.
Governo Lula recebe sinalizações da China sobre a possível ausência do líder Xi Jinping na reunião do Brics no Rio de Janeiro, marcada para 6 e 7 de julho.
Ainda não há confirmação de quem lideraria a delegação chinesa na ausência de Xi. Uma possibilidade é o primeiro-ministro Li Qiang, mas “gostaríamos muito que Xi viesse”, afirmou Celso Amorim, assessor do Palácio do Planalto.
Pequim não confirma a presença de Xi. O porta-voz Guo Jiakun se limitou a informar que detalhes serão divulgados no momento apropriado. A China expressou apoio à presidência brasileira do Brics.
A ausência de Vladimir Putin, presidente da Rússia e alvo de um mandado do TPI, é quase certa. Ele não participou de eventos internacionais significativos em 2023 e 2024.
Os membros plenos do Brics incluem Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. A Arábia Saudita ainda não oficializou seu ingresso.
Se Xi não comparecer, apenas Lula e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi representarão os líderes fundadores do Brics.
Lula tentou convencer Xi a participar e destacou a importância de sua visita à China em maio. A relação bilateral tem enfrentado atritos, como visto na negativa brasileira à Iniciativa Cinturão e Rota.
O Brasil não deve conceder reciprocidade à isenção de visto chinesa para visitantes brasileiros, segundo o embaixador Marcos Galvão.
O Brics conta ainda com nações parceiras como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, entre outras, e países convidados incluindo líderes de Chile, Colômbia, Uruguai, México e Turquia.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, enviará um representante, e o status do presidente turco Recep Tayyip Erdogan segue incerto após o convite para um status inferior ao que desejava.