Governo Central tem superávit primário de R$ 54,2 bi no 1º bimestre, calcula IFI
Governo central registra superávit primário de R$ 54,2 bilhões no primeiro bimestre de 2025, impulsionado por aumento nas receitas e diminuição das despesas. A Instituição Fiscal Independente destaca que dados positivos são afetados pela ausência de Orçamento aprovado e medidas de contenção de gastos ainda sem impacto.
A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado Federal, reportou um superávit primário de R$ 54,2 bilhões para o governo central no primeiro bimestre de 2025, um aumento em relação ao superávit de R$ 21,2 bilhões do mesmo período do ano anterior.
Essa melhora se deve a um aumento nas receitas primárias, especialmente nas administradas e na arrecadação do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), além de uma queda nas despesas primárias.
A queda nas despesas ocorreu, em parte, porque o ano começou sem um Orçamento aprovado e o pagamento de precatórios represados não foi repetido em 2025. As informações estão no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) divulgado em 20 de março.
Entre os pontos destacados:
- As receitas primárias tiveram aumento real de 3% em comparação a 2024.
- A receita líquida da União subiu 3,5%, excluindo transferências.
- Receitas administradas aumentaram 3,9% e a arrecadação do RGPS cresceu 2,7%.
- Despesas caíram 5,1% real no primeiro bimestre de 2025.
- Benefícios previdenciários aumentaram em média 2,3%.
- Despesas com pessoal caíram 2,8%.
A IFI prevê que a receita líquida chegará a 18,3% do PIB até o final de 2025, o que deverá auxiliar no cumprimento da meta de resultado primário. Contudo, destaca que as medidas de contenção de gastos aprovadas recentemente ainda não mostraram eficácia nas despesas.
Para cumprir a meta de resultado primário de 2025, o governo precisará bloquear R$ 18,6 bilhões e garantir um empoçamento de R$ 15,7 bilhões até o final do ano.