Governo continua com 'caneta na mão' para tomar medidas contra inflação dos alimentos, mas 'sem pirotecnia', diz ministro
Governo federal implementa medidas de incentivo à importação para conter a inflação dos alimentos. Ministro da Agricultura destaca a abordagem ortodoxa e a manutenção dos estoques reguladores como estratégias principais.
Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo está pronto para tomar medidas visando a redução dos preços dos alimentos.
Ele destacou que foram zeradas as alíquotas de importação de diversos itens, buscando forçar a queda de preços ao consumidor. Fávaro assegurou que não haverá "pirotecnia", como taxações ou criação de cotas de exportação.
Durante audiência pública no Senado Federal, o ministro comentou sobre práticas protecionistas dos EUA sob a gestão de Donald Trump, que elevou tarifas para proteger indústrias locais.
Fávaro contrastou isso com as medidas ortodoxas do Brasil, destacando que algumas iniciativas, como a redução da tarifa do óleo de palma, trarão resultados. O governo permanece sem medidas excepcionais.
Preocupado com a inflação e o aumento dos preços, anunciou a redução a zero do Imposto de Importação para nove itens, incluindo:
- azeite
- milho
- óleo de girassol
- sardinha
- biscoitos
- macarrão
- café
- carnes
- açúcar
Com a guerra comercial dos EUA, espera-se que o Brasil aumente as vendas para a China, o que pode afetar a oferta interna. Fávaro destacou a retomada dos estoques reguladores públicos para gerenciar a compra e venda de alimentos no país.
"Quando a China desabilita 400 plantas bovinas americanas, o Brasil pode aproveitar essa oportunidade", concluiu Fávaro.