Governo corta verba do Exército para manutenção de legado olímpico e complexo é fechado no Rio

Governo Lula corta acordo com Forças Armadas, o que resulta na suspensão de eventos, treinamentos e competições no Parque Olímpico de Deodoro, no Rio de Janeiro. O complexo, legado da Olimpíada de 2016, pode atender mais de dez modalidades esportivas.

Sem verba para manutenção adequada, os equipamentos correm risco de deterioração, e os planos para os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de 2031 sofrem ameaças. O Ministério do Esporte aguarda a sanção do orçamento de 2025 para tentar repactuar a manutenção dos equipamentos.

Os acordos entre o Esporte e o Exército venceram em janeiro e fevereiro deste ano. A decisão de não renová-los foi tomada pela gestão do ministro André Fufuca e comunicada em maio de 2024. O ministro reconheceu a importância do complexo, mas não reverteu a decisão.

Até agora, foram previstos apenas R$ 10 milhões para 2025, o menor valor em oito anos. O corte também afeta a manutenção de legados olímpicos sob a Marinha e Aeronáutica, mas o principal problema reside em Deodoro, com seu vasto complexo esportivo.

O painel de atividades no complexo foi encerrado oficialmente, prejudicando cerca de 80 eventos programados. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) afirma que as conversas para retomar as atividades estão em andamento.

Tanto a Confederação Brasileira de Tiro Esportivo quanto a de Jiu-Jitsu expressaram preocupação com o fechamento e os impactos em atletas. As prefeituras do Rio e Niterói não se manifestaram sobre o tema.

Se o legado olímpico enfrenta cortes de recursos, o Estado do Maranhão, do ministro Fufuca, é o quarto mais beneficiado com convênios desde a sua chegada ao cargo, levantando questionamentos sobre prioridades orçamentárias.