Governo de Israel afirma que Exército terá que ‘executar’ as decisões políticas sobre Gaza
Ministro da Defesa israelense sustenta que Exército deverá seguir as ordens do governo, mesmo com divergências internas sobre a estratégia em Gaza. Pressão aumenta tanto pela situação dos reféns quanto pelas consequências humanitárias da guerra na região.
Exército israelense deve executar decisões políticas sobre a guerra na Faixa de Gaza, afirma o ministro da Defesa, Israel Katz, diante de divergências internas sobre uma possível ocupação total do território.
O comandante do Estado-Maior, general Eyal Zamir, expressou oposição à ampliação das operações do Exército, alertando que a ocupação total seria uma “armadilha”. Ele também indicou que intensificar os combates poderia resultar na morte dos reféns.
O governo israelense, sob a liderança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, planeja expandir as operações nas áreas habitadas onde os reféns podem estar. Katz ressaltou que, após as decisões políticas, o Exército as executará com determinação.
Na próxima quinta-feira (7), Netanyahu reunirá o gabinete de segurança para discutir novas ações. Ele afirmou que é necessário derrotar o inimigo em Gaza e garantir que não represente mais uma ameaça para Israel.
A situação é crítica: 49 reféns ainda estão sob custódia do Hamas, e a ONU alerta para uma “fome generalizada” entre os 2 milhões de palestinos na Faixa de Gaza, afetados pelo bloqueio e bombardeios.
Recentemente, vídeos de dois reféns debilitados aumentaram a pressão sobre o governo. Além disso, 20 pessoas morreram em um acidente durante a distribuição de ajuda humanitária, evidenciando o desespero da população.
A organização Médicos Sem Fronteiras denunciou a “crise da fome” em Gaza, com pacientes sendo baleados ou esmagados durante a distribuição de suprimentos.
Desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, mais de 1.200 israelenses e 61.158 palestinos morreram, na maior parte civis, de acordo com dados confiáveis.
Com informações da AFP