Governo de Javier Milei endurece regras para imigrantes na Argentina
Reforma de imigração do governo Milei visa endurecer requisitos para cidadania e conter a entrada de estrangeiros. Medidas incluem cobrança de atendimento de saúde e expulsão de imigrantes com antecedentes criminais.
O governo de Javier Milei anunciou mudanças significativas nas políticas de imigração da Argentina nesta quarta-feira (14). As novas diretrizes incluem:
- Dificuldade na obtenção de cidadania argentina;
- Imposição de taxas pelos serviços de saúde a estrangeiros;
- Facilitação da expulsão de criminosos estrangeiros.
Em março, Milei já havia indicado a intenção de reformar as políticas de imigração, afirmando que a Argentina era "generosa demais" com imigrantes. O porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni, que também é candidato a legislador, destacou que o governo está buscando um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) para implementar as medidas em breve.
As principais mudanças incluem:
- Rejeição de estrangeiros condenados na entrada no país;
- Expulsão imediata de quem atravessar a fronteira ilegalmente;
- Expulsão de estrangeiros condenados por qualquer crime;
- Dificuldade na obtenção de residência permanente; apenas quem residir na Argentina por dois anos poderá solicitar a cidadania.
Além disso, o governo planeja exigir a apresentação de seguro de saúde para imigrantes e permitiu que universidades públicas cobrem pelos cursos para estudantes estrangeiros.
Em 2024, o tratamento de estrangeiros custou à Argentina mais de US$ 114 milhões (R$ 640 milhões). Adorni criticou a permissividade dos governos anteriores com a imigração, afirmando que estrangeiros condenados com penas inferiores a cinco anos ainda têm sua permanência garantida, o que representa um risco para a sociedade.