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Governo de Javier Milei quer novo empréstimo do FMI de US$ 20 bilhões

Argentina negocia empréstimo de US$ 20 bilhões com o FMI para fortalecer as reservas do Banco Central, enquanto a pressão inflacionária cresce. Especialistas alertam para os riscos associados ao endividamento e as possíveis exigências do Fundo.

Argentina busca novo empréstimo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para reforçar as reservas do Banco Central (BC). O governo de Javier Milei afirma que a medida visa combater o crescimento da inflação por falta de dólares. A Argentina já realizou 23 empréstimos com o FMI ao longo da sua história.

O ministro da Economia, Luis Caputo, confirmou o valor do empréstimo em evento do setor de seguros latino-americanos, mas não revelou exigências do FMI. Ele também negocia com outras instituições, como o Banco Mundial e o BID. A declaração busca acalmar o mercado financeiro diante da pressão cambiária dos últimos dias.

Caputo argumenta que o empréstimo visa manter um câmbio artificialmente baixo e controlar a inflação, estimando que as reservas do BC devem aumentar para US$ 50 bilhões, partindo dos atuais US$ 26 bilhões.

Os críticos, como o historiador Alejandro Olmos Gaona, alertam sobre os riscos do novo empréstimo e suas exigências rigorosas. A inflação da Argentina, que já chegou a 287% ao ano, caiu para 66%% após reformas econômicas.

Caputo garante que o empréstimo não financiará déficits, mas recapitalizará o ativo do BC, enquanto a expectativa é que o acordo com o FMI se concretize até metade de abril. Este seria o terceiro empréstimo desde o acordo de US$ 56 bilhões firmado em 2018.

Embora a exploração de *reservas de petróleo e gás* em Vaca Muerta traga esperança de gerar receitas, Olmos critica a falta de uma estratégia de desenvolvimento sustentável e questiona se o novo empréstimo é viável a longo prazo.

*Com informações da Agência Brasil*

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