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Governo de SP acusa Lula de travar acordo sobre favela do Moinho

Governos estadual e federal discordam sobre estratégias de reassentamento na favela do Moinho. A gestão paulista vê riscos no acordo e critica a manutenção de casas vazias, temendo novas invasões.

Governo Tarcísio critica acordo de reassentamento da favela do Moinho

O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) está em desacordo com o Palácio do Planalto por causa de supostos “sinais confusos” no acordo para o reassentamento das famílias da favela do Moinho, em São Paulo.

A gestão estadual vê riscos de novas invasões nas casas desocupadas, após o presidente Lula (PT) proibir demolições. A tensão aumentou após a visita do presidente à comunidade em 26 de junho de 2025, onde ele anunciou novas moradias para os moradores que deixarem a área.

No dia seguinte, o ministério da Gestão e Inovação publicou uma portaria que condiciona a cessão do terreno da União ao Estado à preservação das estruturas habitacionais já desocupadas. A área está localizada no bairro de Campos Elíseos.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de São Paulo considerou as novas condições “muito temerárias”, apontando o risco de retrocessos no processo de reassentamento. O ministério argumenta que as demolições podem afetar a integridade de moradias vizinhas.

O governo paulista acredita que o Planalto está incentivando os moradores contra o projeto de urbanização, que envolve a construção de um parque no local. A SPU (Secretaria de Patrimônio da União) teria solicitado um cronograma detalhado para a obra, que só poderia ser elaborado após as demolições.

Internamente, o governo paulista relatou episódios de insegurança e ameaças a funcionários em visitas à favela, além de confrontos entre moradores e a polícia durante operações de reassentamento.

Atualmente, cerca de 300 das 900 famílias que viviam na favela do Moinho já deixaram o local. Segundo o acordo, cada núcleo familiar pode escolher um imóvel de até R$ 250 mil, e as famílias com renda de até R$ 4.700 mensais serão beneficiadas.

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