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Governo deve cobrar manutenção de emprego para setores que tiverem crédito contra tarifaço

Medidas emergenciais buscam minimizar os efeitos da sobretaxa de Trump sobre as empresas brasileiras. Pacote deve ser apresentado em reunião com Lula e visa proteger empregos e facilitar acesso a crédito.

Governo Lula avalia medida para proteger empregos

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está discutindo a possibilidade de exigir a manutenção de empregos das empresas que solicitarem crédito subsidiado pelo Tesouro Nacional. Isso se deve à sobretaxa de 50% imposta pelo governo Donald Trump aos produtos brasileiros.

A medida pretende garantir que empresários beneficiados com juros mais baixos não possam demitir. O plano inclui o diferimento de impostos, permitindo a postergação do pagamento de tributos por até 90 dias, para aliviar o caixa das empresas.

As propostas da primeira fase do plano serão apresentadas a Lula em reunião no dia 11 de setembro com o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O anúncio deve ocorrer até 12 de setembro.

Lula também está preocupado com as taxas de juros e a necessidade de um pacote emergencial complementar, caso o primeiro não seja suficiente. As linhas de crédito estarão vinculadas ao Fundo de Garantia de Operações (FGO) e ao Fundo de Garantia à Exportação (FGE), com taxas mais baixas do que em pacotes anteriores.

Além disso, o pacote incluirá a antecipação de benefícios tributários e propostas de compras públicas, priorizando setores como pescados e fruticultura para programas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

A discussão sobre o uso de recursos do Fundo Social para auxiliar produtores afetados também está em pauta. Há desconfiança entre petistas em relação a empresários que apoiam bolsonaristas e novas sanções ao Brasil.

O governo busca assegurar que o crédito subsidiado priorize empresas menores. Lula também está cobrando a redução das taxas de juros dos empréstimos consignados para trabalhadores.

No fim de semana, o vice-presidente criticou a rebelião no Congresso que afetou a legislação, defendendo a importância de um parlamento funcional e a legitimidade das decisões do Judiciário.

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