Governo deve derrubar IOF sobre risco sacado e manter para crédito
Ministro se reúne com líderes do Congresso para discutir medidas sobre o IOF e ajuste fiscal. Governo estuda cortar subsídios e revisar gastos com educação para compensar isenções.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve ceder ao pedido do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para derrubar o aumento do IOF sobre o risco sacado.
A alta do imposto sobre cartões de crédito internacionais, no entanto, será mantida até 2025.
Haddad planeja compensar a renúncia fiscal com medidas estruturais a partir de 2026, envolvendo a revisão e o fim de alguns subsídios tributários.
Outra proposta de corte imediato é a redução do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que terá um gasto de R$ 58,8 bilhões em 2025, um aumento de 18,3% em relação a 2024.
Na noite de 3 de junho de 2025, Haddad se reuniu com Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para discutir a situação gerada pelo decreto que elevou o IOF.
Os congressistas ameaçam votar um PDL (Projeto de Decreto Legislativo) para revogar o decreto se o Executivo não tomar medidas.
Os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também participaram da reunião que durou mais de três horas.
A equipe econômica do governo pretende informar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de sua viagem à França, programada para 4 de junho.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, é uma figura central nesse processo, defendendo a derrubada parcial do IOF e a implementação de medidas estruturais, incluindo possíveis cortes em subsídios.