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Governo do Pará faz primeiro leilão do País de área desmatada, com apenas 1 empresa apta ao certame

A Systemica será a única empresa a disputar a concessão para reflorestamento de 10,3 mil hectares no Pará. O leilão é considerado um teste para o setor de créditos de carbono, que enfrenta uma crise de credibilidade.

Primeira concessão pública de área desmatada no Brasil ocorrerá nesta sexta-feira, 28. Apenas uma empresa, a Systemica, está apta a participar, após a Genuíno Reflorestamento não apresentar toda a documentação exigida.

O governo de Helder Barbalho (MDB) concederá a Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (URTX), no Pará, para reflorestamento. A Systemica poderá vender créditos de carbono gerados no processo.

A Genuíno Reflorestamento falhou em comprovar a legitimidade do seu representante legal e não entregou a documentação necessária.

O edital prevê a restauração de 10,3 mil hectares ao longo de dez anos, com um investimento de R$ 258 milhões pela concessionária. Além dessa área, o governo do Pará planeja conceder mais 30 mil hectares para reflorestamento.

Este leilão é considerado um teste no setor. A Systemica e a Genuíno foram as únicas a participar, e há desafios logísticos na região que dificultam o desenvolvimento do projeto. O setor de crédito de carbono enfrenta uma crise de credibilidade desde que reportagens questionaram a eficácia de projetos reconhecidos pela certificadora Verra.

No segmento de restauração ecológica, projetos de reflorestamento recebem incentivos para a recuperação de áreas degradadas. Um crédito corresponde à tonelada de gás carbônico retirada pela vegetação plantada.

Desafios e descrédito no setor continuam sendo discutidos. O modelo REDD+ também enfrenta críticas, especialmente após investigações que revelaram falhas na compensação das emissões.

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