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Governo dobra liberação de emendas, mas líderes veem medida insuficiente para evitar derrotas

Governo Lula busca acalmar base aliada com liberação de emendas enquanto se enfrenta a iminente derrubada do decreto do IOF. Apesar do aumento significativo nas verbas, líderes partidários não veem a medida como suficiente para conter a insatisfação.

Governo Lula (PT) dobrou em um dia o montante de emendas parlamentares ao Orçamento, passando de R$ 897,7 milhões para R$ 1,72 bilhões.

A medida, segundo a SRI (Secretaria de Relações Institucionais), visa diminuição da insatisfação dos deputados e senadores devido ao baixo volume de recursos orçamentários este ano. A liberação de aproximadamente R$ 835 milhões em um único dia faz parte dessa estratégia.

Apesar disso, a ação não é esperada para evitar a derrota no projeto de decreto que visa sustar o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O projeto foi incluído na pauta da Câmara surpreendendo o governo, que já considera a derrota como certa.

O requerimento de urgência para derrubar o decreto do IOF foi aprovado com 346 votos favoráveis e 97 contrários, com até partidos aliados manifestando apoio à proposta.

A liberação das emendas também não melhora o clima para a MP (Medida Provisória) que aumenta impostos, incluindo sobre bets e investimentos isentos no agronegócio e setor imobiliário. Apesar disso, governistas acreditam ter tempo para aprovar a MP.

Por outro lado, a aceleração das emendas pode fortalecer o governo em outros temas, como a ampliação do uso dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal e a proposta de crédito consignado privado, ambas discutidas na Câmara nesta quarta-feira.

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