HOME FEEDBACK

Governo e exportadores mantêm ‘esperança’ de tirar café e frutas do tarifaço dos EUA; leia bastidor

Governo e exportadores brasileiros intensificam negociações com os EUA para excluir produtos agropecuários do tarifaço. A expectativa recai sobre itens como café, carne bovina, frutas e pescados, fundamentais para a economia nacional.

BRASÍLIA - O governo Lula e exportadores esperam ampliar as exceções ao tarifaço dos Estados Unidos, que teve início em 6 de setembro, afetando 80% das exportações agropecuárias brasileiras com uma alíquota de 50%.

Setores como café, carne bovina, frutas e pescados pedem prioridade na negociação para serem excluídos da taxação. O governo busca incluir todas as commodities agrícolas na lista de isenção.

Produtos como suco de laranja, celulose e castanha foram poupados da sobretaxa de 40%, permanecendo com uma taxa de 10%. Contudo, café, carne bovina, frutas, pescados, açúcar, etanol e cacau continuam sujeitos ao tarifaço.

A maior expectativa recai sobre o café, do qual o Brasil responde por 34% das importações dos EUA. A reavaliação da taxa pode incluir frutas como manga e outros produtos não cultivados localmente.

Incertezas persistem sobre como as exceções serão aplicadas: se de forma geral para todos ou por negociação país a país. Alguns esperavam um anúncio sobre o café dia 1º de setembro, que não ocorreu.

O governo mantém um “otimismo cauteloso” quanto à carne bovina, visto que a questão impacta a inflação americana. A estratégia do governo é excluir todos os produtos agropecuários da sobretaxa, enquanto exportadores pedem foco em setores mais afetados.

Após reunião com o americano Gabriel Escobar, o governo brasileiro acreditou em sinalizações positivas para ampliar as exceções, especialmente em alimentos que podem aumentar a inflação nos Estados Unidos.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, expressou esperança em incluir mais produtos na lista de exceção, reforçando a importância do diálogo entre os países para resolver as questões, incluindo café, carne, mel e pescados.

Exportadores também se comunicam com importadores americanos, defendendo que a tarifa aumentará o custo de itens básicos na alimentação local, como café da manhã e hambúrguer. A National Coffee Association e o Meat Import Council of America apoiam a inclusão da proteína e do café nas exceções.

Leia mais em estadao