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Governo e oposição travam queda de braço para controlar CPI do INSS

Governo e oposição buscam garantir maior influência na CPMI do INSS para direcionar a investigação sobre fraudes. Com a instalação da comissão prevista para agosto, os partidos do centrão tornam-se peças-chave nesse embate político.

Governo Lula e a oposição competem para influenciar partidos do centrão na escolha da CPMI do INSS.

Partidos como União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos têm membros alinhados tanto com o governo quanto com a oposição. Essas indicações podem determinar os rumos da investigação sobre desvios em aposentadorias.

A crise do INSS desgastou a imagem de Lula, dificultando sua popularidade. Parte da população também culpa o governo de Jair Bolsonaro pelas fraudes. Os lulistas pretendem convocar ex-integrantes da gestão passada para depor.

Os bolsonaristas focarão na explosão dos descontos durante o governo Lula, além da ligação com associações investigadas.

A CPMI terá 15 deputados e 15 senadores titulares, com suplentes. A indicação dos integrantes ainda não começou. O governo busca escolher congressistas aliados, mas enfrenta insatisfação nas bancadas devido a emendas parlamentares pendentes.

O governo chegou atrasado às negociações. O PSD já escolheu o deputado Sidney Leite como titular, que apresenta um projeto crítico ao INSS.

A cúpula da CPMI é definida: a presidência fica com o senador Omar Aziz (aliado de Lula). O relator, que redigirá o parecer, ainda será escolhido pelo presidente da Câmara, Hugo Motta. O governo apoia Tabata Amaral para o cargo, mas a oposição sugere alternativas. Motta promete decidir até a próxima semana.

A CPMI investigará descontos ilegais que podem ter movimentado até R$ 6 bilhões. A comissão funcionará por 180 dias e seu término está previsto para o início de 2026, ano eleitoral.

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