Governo eleva IOF para 3,5% em remessa para conta no exterior e aplicação em fundos
Governo busca equilíbrio fiscal com medidas enérgicas e novas fontes de arrecadação. Aumento do IOF e congelamento de gastos visam reduzir o déficit orçamentário e estabilizar a economia.
Governo brasileiro anuncia congelamento de R$ 31 bilhões em gastos e aumento das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou o congelamento, que superou a expectativa de investidores, gerando uma breve recuperação dos mercados.
O aumento do IOF deverá gerar R$ 20,5 bilhões adicionais neste ano e R$ 41 bilhões até 2026, afetando compras de moeda estrangeira e remessas.
A moeda brasileira caiu mais de 1%, encerrando a cotação a R$ 5,7078 por dólar.
Economistas consideram o aumento uma "tarifa" sobre fluxos de capital, o que pode resultar em menos investimentos no país e em uma moeda mais fraca.
Haddad busca novas fontes de receita e controle de gastos para atingir a meta de eliminar o déficit orçamentário primário este ano, com tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB.
Desafios fiscais aumentam com a pressão por gastos sociais antes das eleições presidenciais de 2024.
Haddad também considera medidas para aumentar a popularidade de Lula, como subsídios para o gás de cozinha, que devem respeitar as regras fiscais.
Antes do anúncio, a expectativa era de um déficit primário de 0,6% do PIB até o final do ano.
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Com a colaboração de Leda Alvim.