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Governo esbarra em limitação de combustível verde para garantir R$ 2 bi em financiamento à Azul

Governo federal aprova proposta para facilitar financiamentos às companhias aéreas, permitindo o uso de garantias da União para a compra de combustível. A medida visa mitigar as dificuldades financeiras da Azul, que enfrenta pressões de caixa e busca compromisso com combustíveis sustentáveis.

Governo Lula lança medida de socorro à Azul Linhas Aéreas, visando facilitar financiamentos mais baratos para compra de combustível, o insumo mais caro da aviação civil.

A proposta, originada da Azul, prevê que as companhias aéreas obtenham empréstimos privados utilizando a União como garantia, através do Fundo de Garantia à Exportação (FGE).

A Azul, enfrentando dificuldades financeiras e uma fusão com a Gol, sugeriu um financiamento de até R$ 3 bilhões por companhia, mas o governo analisou um teto de R$ 2 bilhões.

Em contrapartida, as empresas se comprometeriam a comprar Combustível Sustentável de Aviação (SAF), que substitui parcialmente o querosene. Contudo, a Anac alertou que a produção nacional de SAF é incipiente e insuficiente para atender a demanda e que o preço do SAF é superior ao querosene.

A Anac sugere que a contrapartida ambiental das empresas seja baseada em eficiência energética e não apenas no volume adquirido, e que isso ocorra após a concessão da garantia.

A Lei dos Combustíveis do Futuro estabelecerá metas de redução de emissões para as companhias aéreas a partir de 2027, com metas progressivas até 2037.

A Azul também propôs um contrato de compra antecipada de SAF relacionado ao financiamento. A Anac encaminhou sua avaliação à Secretaria Nacional de Aviação Civil e o governo está prestes a oficializar o uso do FGE.

A situação reflete o ambiente financeiro delicado da Azul, que se empenha em compromissos ambientais para viabilizar créditos mais baratos, além de estar mais exposta a flutuações do câmbio e preços.

Enquanto isso, a Latam e a Gol enfrentam reestruturações financeiras e a Azul já implementou uma reestruturação direta de dívidas.

A Folha tentou contato com Azul e o MPor, sem resposta até a publicação.

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