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Governo estuda novo modelo de financiamento da casa própria: veja o que pode mudar

Governo busca alternativas para facilitar o acesso à casa própria e aumentar a atratividade de financiamentos. Medidas incluem a flexibilização de regras sobre depósitos da poupança e a promoção de contratos corrigidos pelo IPCA.

Governo busca novo modelo de financiamento habitacional

O governo federal está avaliando um novo formato para o financiamento da casa própria destinado à classe média, focando em imóveis até R$ 1,5 milhão. As mudanças propostas visam:

  • Flexibilizar os recursos da poupança retidos no Banco Central;
  • Criar mecanismos para aumentar a atratividade de contratos corrigidos pelo IPCA.

Um esboço, liderado pelo Banco Central (BC), foi apresentado ao presidente Lula, que solicitou agilidade na implementação. A queda na popularidade de Lula motivou o governo a garantir a compra da casa própria pela classe média.

Atualmente, a poupança representa uma fonte significativa de recursos para crédito imobiliário, mas sua participação caiu de 46% em 2021 para 32% no ano passado, segundo a Abecip.

Duas frentes de atuação:

  • A proposta do BC inclui uma flexibilização das regras para aplicação dos recursos da poupança nos bancos, permitindo que 65% dos depósitos sejam direcionados ao crédito imobiliário;
  • Aumentar a atratividade dos contratos ligados ao IPCA, que atualmente têm baixa adesão.

O BC poderia oferecer um bônus aos bancos para recursos destinados a crédito imobiliário, potencializando entre R$ 40 bilhões e R$ 80 bilhões no mercado.

Preparativos e Pressão:

A proposta foi discutida em reunião com Lula e ministros, sendo necessário que as novas condições de financiamento cheguem perto das taxas da poupança. O governo já alocou R$ 15 bilhões para o Minha Casa Minha Vida, visando também a população com renda de até R$ 12 mil.

Desafios e Considerações:

Especialistas alertam que as mudanças nas regras de financiamento podem ter efeitos colaterais. A dependência da poupança e do FGTS em um ambiente de altas taxas de juros ainda é relevante para o mercado imobiliário.

Historicamente, as regras de financiamento imobiliário datam dos anos 1960 e buscam uma reformulação com o avanço nas estratégias financeiras atuais, que visam aumentar o crédito imobiliário no Brasil.

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