Governo federal retoma controle do Porto de Itajaí e busca reativar operações após 18 meses
Porto de Itajaí inicia nova fase com gestão federalizada, buscando recuperar operações após longo período de paralisação. A Autoridade Portuária de Santos assume a administração com planos de arrendamentos e modernização do terminal.
Porto de Itajaí busca normalizar operações após um ano e meio paralisado.
A federalização do porto ocorreu no final de 2024, com a gestão passando à Autoridade Portuária de Santos (APS) em 2 de janeiro de 2025.
A nova gestão visa recuperar o porto, que estava sob administração municipal e deveria ter sido concedido em 2023. A falta de progresso resultou em um agravamento da situação.
Tentativas de concessão em 2022 sob o governo de Jair Bolsonaro não tiveram sucesso. O governo agora busca revitalizar o porto com arrendamentos e um plano de concessão para dragagem e aprofundamento do canal a partir de 2027.
O secretário do Ministério de Portos, Alex Sandro de Ávila, garantiu que não haverá desestatização e que a gestão seguirá pública.
O prefeito Robison Coelho se opôs à federalização, mas afirmou que seguirá colaborando com a APS para o futuro do porto.
Itajaí, com 264 mil habitantes, é uma cidade com forte vínculo portuário, gerando receita significativa. Em janeiro, houve 81 atracações e a receita aumentou de R$ 7,5 milhões para R$ 18 milhões.
A nova gestão pretende aumentar a movimentação de contêineres e atrair novas cargas, como veículos e fertilizantes. Treinamentos foram iniciados com o Porto de Santos.
Nos primeiros dois meses, o porto registrou movimento de 285,2 mil toneladas e 22.662 TEUs em contêineres. Também foram registradas 34 atracações, incluindo navios de cruzeiro e de automóveis.
A transição administrativa está em andamento, com a previsão de um novo superintendente, João Paulo Tavares Bastos Gama, assumindo em breve.