Governo flexibiliza avaliação periódica do BPC, que deveria ocorrer a cada dois anos
Mudança visa tornar mais eficiente a verificação dos critérios para recebimento do Benefício de Prestação Continuada. Medidas têm como objetivo reduzir irregularidades e despesas do governo relacionadas ao BPC.
O governo flexibiliza a exigência de reavaliação periódica do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com deficiência.
Um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabelece que a revisão ficará a critério do INSS. A medida visa **reduzir gastos** e foi parte do pacote fiscal aprovado pelo Congresso no final de 2024.
A reavaliação, prevista em lei, não é realizada adequadamente pelo governo desde 2009. Houve planos para uma nova revisão em 2020, mas a pandemia da Covid-19 atrasou o processo.
O objetivo da análise periódica é assegurar que o BPC, um salário mínimo pago a idosos e pessoas com deficiência, seja concedido apenas a quem atende os critérios legais. A equipe econômica está preocupada com o aumento dos gastos.
Casos de beneficiários que já não se enquadram nas condições, como crianças que superaram problemas de saúde, ilustram a necessidade de revisão.
Outras mudanças no pacote fiscal para o BPC incluem:
- Alteração do critério de renda: agora considera a renda bruta.
- Limite de até um quarto do salário mínimo por pessoa da família.
- Exceções: auxílios temporários, BPC para outro membro familiar, auxílio inclusão e pensão alimentícia não entram no cálculo.
- Receber o BPC exige Cadastro Único e CPF ativo.
- Uso de biometria agora é obrigatório.
Em casos de suspensão do benefício, o decreto garante notificação prévia e direito de defesa.