Governo Lula ainda tenta abrir um canal de negociação com os EUA, mas clima é de pessimismo; leia bastidores
Governos tentam reabrir o diálogo, mas presidentes evitam contato direto. A situação se agrava com exigências consideradas inaceitáveis por Brasília.
Relações Brasil-EUA deterioradas: O governo de Lula da Silva busca reabertura do diálogo com a Casa Branca, mas clima é de pessimismo.
A avaliação é que o presidente Donald Trump não deseja conversa com Brasília.
Setor privado torce por contato direto entre Lula e Trump, mas tal reunião está descartada pelo Palácio do Planalto e o Itamaraty.
Interlocutores acreditam que a conversa só deve ocorrer após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
No próximo mês, Lula e Trump se encontrarão na ONU, mas sem previsão de um encontro bilateral.
Integrantes do governo afirmam que os americanos estão evitando o diálogo, especialmente impactados pelo tarifaço.
Trump exige a reavaliação do processo contra Bolsonaro como condição para acordos que assegurem isenção das sobretaxas sobre exportações brasileiras, demanda considerada inaceitável.
A crise se agravou desde 9 de julho, após a sobretaxa de 50% e críticas ao Judiciário brasileiro. O único contato recente foi entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve uma conversa agendada com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, mas a reunião foi cancelada.