Governo Lula avalia que próximo movimento para negociar tarifaço de Trump precisa vir dos EUA
Governo Lula aguarda movimentação da Casa Branca para retomar negociações comerciais após tarifação elevada. Contatos reservados entre representantes dos dois países visam resolver questões relacionadas a exportações e políticas internas.
Governo Lula busca negociação comercial com os EUA
Após tentativas de abrir um canal de negociação, o governo Lula espera que a Casa Branca tome a próxima iniciativa. O objetivo é evitar tarifas de até 50% nas exportações brasileiras.
Representantes dos dois países estão em contatos reservados. Junto com empresários, o Brasil prepara uma resposta para os EUA, abordando questões como:
- Acesso do etanol americano ao Brasil
- Corrupção
- Uso do Pix
- Propriedade intelectual, especialmente em medicamentos
Incerto sobre produtos: os EUA ainda não esclareceram quais produtos ou áreas estão dispostos a negociar.
Um ponto de pressão dos EUA é o fim do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, algo considerado inaceitável pelo Brasil.
Uma notícia positiva foi a confirmação de uma conversa entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, marcada para próxima quarta-feira via telefone ou videoconferência.
O governo americano expressou descontentamento quanto ao STF por conta da prisão domiciliar de Bolsonaro, ressaltada em uma publicação do Departamento de Estado. Haddad comentou a possibilidade de discutir a aplicação da Lei Magnitsky contra o magistrado.
Desde que a sobretaxa foi anunciada em 9 de julho, houve contatos de alto nível, mas sem resultados concretos. O vice-presidente Geraldo Alckmin conversou com o secretário de Comércio dos EUA, e o chanceler Mauro Vieira esteve em Washington com o secretário de Estado Marco Rubio.
Para o governo brasileiro, é crucial o envolvimento do representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, pois as negociações geralmente são conduzidas por ele.