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Governo Lula condena ataques dos EUA a instalações nucleares do Irã

Governo brasileiro se une a Rússia e China na condenação das ações armadas de Israel e Estados Unidos contra o Irã. Nota do Itamaraty destaca a importância da diplomacia para evitar consequências negativas e promover a paz na região.

Governo Lula condena ataques de Israel e EUA ao Irã

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou uma nota neste domingo, 22, condenando os ataques de Israel e dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, classificando-os como uma “violação da soberania” do país e do direito internacional.

O Itamaraty afirmou que “qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão” da Carta das Nações Unidas e normas da Agência Internacional de Energia Atômica. O órgão também alerta que tais ações representam uma grave ameaça à vida e saúde de populações civis.

A posição do Brasil alinha-se à de Rússia e China, que também condenaram os ataques. A Rússia chamou os bombardeios de “decisão irresponsável”, enquanto a mídia estatal chinesa criticou os EUA por “repetirem o erro cometido no Iraque” em 2003.

O governo brasileiro não mencionou diretamente o Irã, mas repudiou “ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas”, que têm gerado um aumento no número de vítimas e danos à infraestrutura civil.

Após os ataques de Israel, o Irã, presidido por Aitolá Khamenei, lançou uma contraofensiva com mísseis em cidades como Tel Aviv e Jerusalém.

Na nota, o Itamaraty reafirmou a posição do Brasil de que a energia nuclear deve ser usada “somente para fins pacíficos” e repudiou qualquer forma de proliferação nuclear em áreas de instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio.

O documento ressaltou a necessidade urgente de uma solução diplomática para interromper o ciclo de violência e permitir negociações de paz, alertando para as consequências negativas da escalada militar na região e no mundo.

Os EUA e Israel acusam o Irã de desenvolver secretamente armas nucleares, enquanto o país persa defende que não viola acordos internacionais e que os ataques têm objetivo de derrubar o regime Khamenei.

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