Governo Lula paralisa cessão da área da favela do Moinho em SP ao governo Tarcísio
Governo paralisa cessão de terreno da favela do Moinho e critica ação policial na desocupação. Conflitos marcam a operação, com promessas de diálogo entre autoridades e moradores para evitar novos embates.
Governo federal paralisa cessão de terreno da favela do Moinho
O governo federal decidiu suspender o processo de cessão do terreno da favela do Moinho para a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo.
Em nota, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que enviará uma notificação extrajudicial paralisando a cessão da área, reafirmando que "não compactua com o uso de força policial contra a população".
A desocupação da favela, iniciada em 12 de setembro, gerou conflitos com a Polícia Militar, resultando em tensões e confrontos. O superintendente da Secretaria de Patrimônio da União, Celso Carvalho, acusou o governo estadual de desrespeitar acordos para a desocupação, alegando que a gestão deveria apenas descaracterizar residências, sem demolições.
Planos de revitalização do governo Tarcísio incluem transformar a área em um parque e a estação Júlio Prestes em um museu, mas esses planos dependem da cessão federal do terreno.
Líderes comunitários e o ouvidor das Polícias, Mauro Caseri, se reuniram para discutir a situação e buscar diálogo com moradores, mas representantes do governo Tarcísio não compareceram.
Até agora, 88% das famílias da favela aceitaram opções para se deslocar, como uma carta de crédito ou apartamentos da CDHU. A situação continua tensa com planos para desobstrução das linhas férreas que cortam a favela.