Governo Lula prepara resposta à crítica da “Economist” sobre isolamento internacional
Governo Lula se prepara para rebater críticas da revista britânica sobre sua diplomacia e popularidade. Em carta, Brasil reafirma compromisso com multilateralismo e destaca a importância da cúpula dos BRICS.
Resposta do Governo Brasileiro
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preparando uma resposta formal às críticas da revista britânica The Economist, que alegou que Lula está “isolado internacionalmente” e se tornou “impopular” no Brasil.
Essa resposta será enviada em forma de carta pela embaixada em Londres e será assinada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
A Economist destacou que Lula perdeu espaço nas relações com democracias ocidentais, adotando a postura “hostil” em tópicos como a guerra no Oriente Médio e as relações com regimes autoritários.
Segundo o Itamaraty, a carta irá enfatizar a condenação aos recentes ataques dos EUA ao Irã, reafirmando a defesa do multilateralismo e da não intervenção como princípios fundamentais da diplomacia brasileira.
O governo Lula também deve realçar a importância da cúpula dos BRICS, que será realizada de 6 a 7 de julho no Rio de Janeiro e contará com a presença do Irã.
- A revista criticou a aproximação de Lula com Nicolás Maduro, da Venezuela, e a falta de diálogo com Javier Milei, da Argentina.
- O editorial mencionou a “relutância” do Brasil em liderar a região em resposta às políticas anti-imigração dos EUA durante a presidência de Donald Trump.
Além disso, a Economist apontou que o Brasil teria um déficit comercial de US$ 30 bilhões com os EUA, embora dados oficiais mostrem que o maior déficit registrado foi de US$ 13,9 bilhões em 2022, e apenas US$ 253 milhões em 2024.
A publicação também noticiou a queda na popularidade de Lula, com a última pesquisa Datafolha apontando 40% de avaliação negativa e apenas 35% de aprovação, o pior resultado desde sua posse.
Por fim, a Economist concluiu que o Brasil está se tornando geopoliticamente irrelevante e que Lula deveria “parar de fingir que importa” e focar em questões mais próximas.