Governo Lula recua e anuncia acordo em SP para remover famílias da Favela do Moinho
Acordo entre governo federal e estadual prevê compensação financeira para famílias da Favela do Moinho, que enfrentarão remoção. Apesar dos protestos e relatos de violência, as gestões se comprometem a garantir uma transição pacífica e digna.
Acordo entre Governos
O governo do presidente Luiz Inácio da Silva (PT) e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciaram um acordo para a remoção das famílias da Favela do Moinho.
Apesar dos protestos, 900 famílias receberão R$ 250 mil para comprar um imóvel e terão direito a um aluguel social de R$ 1,2 mil até a compra.
O governo federal arcará com R$ 180 mil e o estadual com R$ 70 mil.
Programas Habitacionais
As famílias que ganham até R$ 4,7 mil terão asseguradas as unidades habitacionais através dos programas “Minha Casa, Minha Vida” e “Casa Paulista”.
O ministro das Cidades, Jader Filho, comentou sobre a compra assistida, semelhante à adotada no Rio Grande do Sul após enchentes.
Conflito e Violência
A Favela do Moinho é alvo de embate entre os governos. O terreno é da União e a gestão estadual buscava sua transferência para a construção de um parque.
Na última segunda-feira, a demolição das casas começou, resultando em protestos e relatos de violência policial.
O governo federal paralisou o processo de cessão da área devido à conduta violenta da PM. No entanto, a Tropa de Choque continuou presente na favela.
Uma comitiva interministerial coletou depoimentos sobre excessos da polícia.
Compromisso com a Paz
O acordo visa garantir a retirada pacífica dos moradores. Jader Filho destacou a necessidade de evitar violência no processo de transição.
Marcelo Branco, do governo estadual, reforçou a colaboração entre os dois governos na recuperação do centro de São Paulo.
O custo estimado para atender as famílias é de R$ 160 milhões.
Reconhecimento da Luta
Parlamentares do PT e Psol elogiaram o resultado, considerandos como vitória e reconhecimento da luta dos moradores.
A gestão Tarcísio e o Ministério Público afirmam que a Favela é um foco de tráfico de drogas, controlada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).