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Governo Lula se arma para evitar bloqueios e cortes de investimentos no Orçamento

Governo Lula trabalha para garantir a liberação de R$ 12 bilhões em recursos extras, enquanto enfrenta pressão por popularidade e preocupações com o equilíbrio fiscal. Novas medidas orçamentárias tentam evitar cortes em investimentos e promover ajustes necessários para acomodar despesas com Previdência.

Governo Lula busca saída para evitar bloqueio de recursos no Orçamento federal, visando R$ 12 bilhões em receitas extras nos próximos meses, em meio à queda de sua popularidade.

Nesta semana, o governo avançou na possibilidade de sacar dinheiro parado em fundos abastecidos no passado com recursos federais, para aumentar a arrecadação federal.

Além disso, realizou ajustes pontuais na proposta orçamentária, evitando grandes cortes em investimentos, que são ativos eleitorais importantes para 2026.

Antes da aprovação do Orçamento de 2025, que acontecerá no fim de março, o governo planeja retirar cerca de R$ 10 bilhões de fundos para melhorar a arrecadação deste ano. Também foram propostas mudanças ao Congresso, permitindo um aumento de R$ 8 bilhões nas despesas com Previdência, essencialmente cobrindo a atualização do salário mínimo.

Na lista de cortes, está incluída uma redução de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família, que pode ser ajustada ao longo do ano para evitar cortes iniciais em investimentos.

Essas medidas visam aliviar o caixa e permitir um gasto adicional de R$ 12 bilhões. A lei do arcabouço fiscal autoriza esse aumento se houver folga na meta fiscal, que é um déficit zero, mas admite até R$ 31 bilhões de déficit.

Relatório do banco BTG aponta crescimento de 1% nas despesas em comparação ao ano anterior, sugerindo uma possível folga. No entanto, analistas aguardam dados oficiais.

Essas manobras financeiras são vistas como remendos sem uma reforma estrutural para conter a dívida pública, preocupando até os ministros da Fazenda e Planejamento, que alertam que a situação se tornará insustentável a partir de 2027.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, reconheceu que não será possível governar com o atual arcabouço fiscal e indicou que ajustes só ocorrerão após as eleições do próximo ano.

Sem esses ajustes, o governo continuará a buscar atalhos, prejudicando a credibilidade fiscal.

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