Governo Lula se une ao agro e bolsonaristas em projeto contra 'tarifaço' de Trump
Projeto de lei aprovado no Senado busca garantir que o Brasil tenha ferramentas para responder a tarifas injustas de outros países. A iniciativa recebe apoio unânime e é vista como crucial para a proteção da agricultura brasileira diante de novas medidas americanas.
Véspera de anúncio de tarifaço dos EUA: O governo Lula, a bancada ruralista e bolsonaristas unificaram esforços para aprovar no Senado um projeto que exige reciprocidade de regras ambientais e comerciais entre o Brasil e outros países.
Projeto relatado por Tereza Cristina: A senadora e ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, Tereza Cristina (PP-MS), relatou o projeto, que foi aprovado por unanimidade na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pode seguir direto para a Câmara.
Apoio à aprovação: Tereza pediu que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), apreciasse o projeto rapidamente. Randolfe Rodrigues (PT-AP) elogiou a decisão do Congresso, ressaltando a importância de proteger a agricultura brasileira.
Críticas e elogios: Rogério Marinho (PL-RN), aliado de Bolsonaro, elogiou a união no Congresso, mas criticou as relações externas do governo Lula, enfatizando a necessidade de preservar a agricultura e a indústria.
Objetivo do projeto: Tereza Cristina afirmou que o projeto visa proporcionar ao Brasil ferramentas para negociar tarifas injustas de outros países e não é uma ofensiva contra o governo Trump.
Consequências da aprovação: O PL da Reciprocidade permite que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) tome medidas como:
- Suspensão de concessões comerciais e investimentos.
- Restrições às importações.
- Suspensão de patentes e royalties.
- Taxações extras sobre países retaliados.
Pelas regras atuais, o Brasil não pode aplicar tarifas unilateralmente, o que pode dificultar respostas a possíveis retaliações dos EUA.