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Governo Lula vê politização de tarifas por Trump, e Lula se reúne às pressas com ministros

Governo Lula avalia resposta coordenada após anúncio de tarifas comerciais pelos EUA, considerado como uma politização das relações comerciais. Carta de Trump levanta preocupações sobre desinformação e não menciona negociações em andamento.

BRASÍLIA - O governo brasileiro reagiu ao anúncio de tarifas de 50% contra o Brasil feitas pelo presidente Donald Trump, acusando-o de “politização” das tarifas comerciais. A decisão foi considerada sem “apego a qualquer norma”.

Após o anúncio, ministérios começaram a discutir a resposta. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou ministros, incluindo Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda), para se reunirem no Palácio do Planalto.

Diplomatas notaram que a carta de Trump a Lula parece ter trechos copiados de mensagens enviadas a outros países, mencionando déficit comercial dos EUA, algo que não ocorre historicamente com o Brasil.

O governo afirmava não esperar tarifas adicionais, enquanto realizava negociações com os EUA. Integrantes do governo viram a postura de Trump como “absolutamente política”. A carta também fez menções a ações judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A carta não mencionou a desdolarização ou o Brics, apesar de Trump ter mencionado tarifas adicionais para países considerados “anti-americanos”.

A reação do governo pode vincular Bolsonaro a ações prejudiciais à economia brasileira. O ministro Paulo Teixeira usou as redes sociais para associar Bolsonaro à medida: “O inelegível Jair Bolsonaro pediu e Donald Trump atendeu: 50% de tarifas para os produtos brasileiros entrarem nos EUA”.

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