Governo não vai ‘se meter’ em indicação de Eduardo Bolsonaro, diz líder na Câmara
PT se opõe à indicação de Eduardo Bolsonaro para a presidência da CREDN, alegando riscos de conflitos internacionais. A liderança petista propõe que a nomeação seja discutida entre as bancadas, sem a interferência do governo.
Deputado José Guimarães (PT), líder do governo na Câmara, afirmou que a gestão petista não irá “se meter” na indicação de Eduardo Bolsonaro (PL) para a presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN).
Em entrevista após reunião com a nova ministra Gleisi Hoffmann, Guimarães destacou que a composição de comissões é tarefa das lideranças partidárias.
O PT iniciou uma ofensiva contra a nomeação de Eduardo, após anúncio do líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ).
O líder da bancada petista, Lindbergh Farias, pediu um acordo entre parlamentares para barrar a escolha e ressaltou a possibilidade de conflitos internacionais e a judicialização da questão.
Lindbergh criticou a indicação como uma tentativa de constrangimento à Corte e ao ministro Alexandre de Moraes. Ele citou a aprovação do projeto "No Censors on our Shores Act" nos EUA, que visa barrar a entrada de autoridades que atuem contra a liberdade de expressão.
Ele insistiu que a articulação foi liderada por Eduardo Bolsonaro e mencionou um pedido à Procuradoria-Geral da República para investigar o deputado e apreender seu passaporte. O PT condicionou seu apoio à presidência da comissão à entrega do passaporte de Eduardo.
A CREDN é responsável por analisar projetos sobre relações diplomáticas e política externa.