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Governo oficializa cancelamento de leilão para contratar potência ao sistema elétrico

Leilão de energia é cancelado devido a questões judiciais, comprometendo a segurança do sistema elétrico brasileiro. Nova consulta pública será realizada para reestruturação das regras e garantir maior competitividade no certame.

Ministério de Minas e Energia cancelou o leilão marcado para 27 de junho que visava contratar usinas para reforçar a segurança do sistema elétrico nacional. A decisão veio após questionamentos judiciais sobre as regras da licitação.

A nova suspensão atrasa o certame, que já havia sido adiado do ano passado. O Brasil precisa de mais potência despachável, de termelétricas e hidrelétricas, para lidar com a crescente geração eólica e solar.

Enquanto alguns especialistas alertam para riscos sem novas usinas a partir de 2025, outros enfatizam que regras "desfiguradas" acarretariam custos mais altos para os consumidores.

A Eneva obteve uma liminar que suspendeu o "Fator A", ligado à flexibilidade das usinas, o que torna projetos com maior tempo de acionamento menos competitivos. Essa mudança gerou questionamentos e uma nova suspensão da licitação.

O governo planeja uma nova consulta pública sobre o "Fator A", com prazos encurtados para que o leilão ocorra ainda em 2023. Também houve decisões favoráveis a termelétricas movidas a biodiesel, suspendendo um teto de custos.

Adriano Pires, do CBIE, alertou para um possível déficit de potência no final do ano devido à imprevisibilidade climática.

A Abrace, que representa grandes consumidores de energia, comemorou o adiamento, esperando um certame mais competitivo e econômico.

Este leilão, que é o segundo do tipo no Brasil, tem como objetivo aumentar a confiabilidade do sistema elétrico. Diversas grandes geradoras, como Petrobras e Eletrobras, mostraram interesse nas oportunidades oferecidas.

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