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Governo pede a empresários volume de alimentos excedentes por tarifaço para analisar compra governamental

Governo busca soluções imediatas para minimizar os impactos do aumento de tarifas americanas sobre produtos alimentícios. Empresários expressam ceticismo em relação à eficácia das medidas propostas na reunião.

Governo busca soluções para importação de produtos afetados pelo tarifaço dos EUA

O governo brasileiro solicitou aos setores alimentícios impactados pelo tarifaço dos Estados Unidos uma lista de produtos excedentes e seus preços. O objetivo é avaliar compras governamentais ou subsídios para o mercado interno.

O pedido foi feito em reunião no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), conduzida pelo vice-presidente Gerald Alckmin, na presença de ministros de diversas áreas e representantes do setor privado.

  • Data da reunião: Segunda-feira, em meio a negociações sobre o tarifaço.
  • Participantes: Ministros Rui Costa, Carlos Fávaro, Paulo Teixeira e outros.
  • Setores representados: Carnes, frutas, mel, pescados e café.

O ministro Paulo Teixeira indicou que um plano de contingência será anunciado após o dia 6, quando a sobretaxa de 50% entra em vigor, caso não haja sucesso nas negociações com os EUA.

No decreto do tarifaço, o presidente dos EUA, Donald Trump, excluiu quase 700 produtos, incluindo suco de laranja e petróleo.

O governo considera comprar produtos perecíveis que não serão exportados, como mel e pescados, e estudar uma linha de crédito com juros subsidiados.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescado, Eduardo Lobo, expressou ceticismo quanto à efetividade das compras governamentais, destacando a necessidade urgente de soluções.

Ele criticou a capacidade da Conab de escoar peixes frescos e congelados, mencionado que soluções devem ser imediatas, não tardias.

Lobo também ressaltou que a prioridade é a exclusão do tarifaço e a criação de uma linha de crédito a juros baixos para o setor.

Ele concluiu que o setor precisa de soluções para daqui a uma semana e não para prazos mais longos, a fim de evitar colapsos.

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