Governo prega diálogo, mas vai intensificar discurso ‘ricos contra pobres’
Governo busca evitar novos descontentamentos com o Congresso, priorizando diálogo com partidos do Centrão. Lula aposta em pautas de justiça fiscal para fortalecer sua imagem e viabilizar propostas eleitorais para 2026.
Governo Lula troca estratégia após derrotas no Congresso
Após a derrubada do decreto sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que o Palácio do Planalto adotará uma abordagem pragmática.
O foco será dialogar com parlamentares para acordos em pautas de interesse do Executivo, enquanto intensificam o discurso de “ricos contra pobres” em mudanças tributárias, despertando descontentamento da cúpula do Legislativo.
O governo busca evitar a perda de apoio dos líderes do Congresso para aprovar bandeiras eleitorais em 2026, como a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, uma promessa de campanha.
Após votações contrárias, Lula se reuniu com o líder do União Brasil, Antonio Rueda. A expectativa é que não busque os presidentes da Câmara e do Senado por conta de um quebra de acordo na votação do IOF.
A degradação das relações com partidos do Centrão, como PP e União Brasil, é uma preocupação, visando proteger cargos e evitar que esses partidos se alinhem à oposição em 2026.
Candidatos do MDB, PP, PSD e outros partidos com apoio tradicional ao governo votaram massivamente contra a gestão. A crise se agrava, especialmente no Senado, envolvendo disputas internas e projetos controversos.
Por outro lado, membros do MDB indicam que a possibilidade de apoio ao governo diminui, enquanto aliados de Lula esperam por melhorias na articulação política. A comunicação com o Congresso ainda é um ponto delicado.
Integrantes do governo defendem um debate público focado na justiça fiscal, visando reverter a imagem negativa e reafirmar o compromisso de combater desigualdades. O plano inclui pautar a taxação dos ricos e programas sociais como marcas do próximo mandato.