Governo prevê arrecadar R$ 25 bi com leilão de petróleo da PPSA nesta quinta
Leilão promete movimentar o mercado de petróleo e atrair grandes petroleiras. Expectativa de arrecadação pode impactar os planos fiscais do governo federal para 2025.
A PPSA (Pré-Sal Petróleo) projeta arrecadação de R$ 25 bilhões no 5º Leilão de Petróleo da União, agendado para esta quinta-feira na B3, em São Paulo.
Serão ofertados oito lotes totalizando 74,5 milhões de barris de petróleo bruto de quatro grandes campos: Mero, Búzios, Sépia e Itapu.
A produção está programada para embarques entre 2025 e início de 2027, segundo estimativas da PPSA. Dez empresas habilitadas participarão do leilão, incluindo Petrobras, Shell, TotalEnergies, e as estreantes Acelen e Prio.
A participação da Acelen marca a entrada do segmento de refino nacional nas negociações de óleo da União.
Os limites mínimos de preço para cada lote são baseados no Brent datado, com descontos por barril variando conforme os campos:
- Mero (lotes 1 a 4): Brent - US$ 3,03/bbl;
- Búzios (lote 5): Brent - US$ 3,23/bbl;
- Itapu (lote 6): Brent - US$ 2,73/bbl;
- Sépia (lote 7): Brent - US$ 4,13/bbl.
A proposta vencedora será a que oferecer o maior prêmio ou o menor desconto em relação ao benchmark internacional.
O governo federal espera que as receitas do setor de petróleo ajudem a reduzir o déficit fiscal em 2025, diante da resistência a aumentos de impostos.
Contudo, há divergências internas sobre o uso dos recursos: o Ministério da Fazenda deseja evitar contingenciamentos, enquanto o Ministério de Minas e Energia quer substituir a alta do IOF pelas receitas do petróleo.